Imprensa jovem da Paulo Colombo na 25º Bienal do Livro



Projeto Mais Educação

Alunos do projeto jornal (Profª Ivani)
Alunos do projeto cinema (Profº João)
Entrevistando e filmando os escritores e artistas na Bienal

Primeiro trabalho como Imprensa Jovem


Biblioteca volante na Bienal do Livro




Aluna Celeste Neilza entrevistando tutora da biblioteca volante na Bienal



Professor João junto com a equipe de cinema na escola





Depoimento sobre o que é uma biblioteca volante.





Professor João e Professora Ivani Sandra trabalhando em prol dos projetos da escola Paulo Colombo







Ouvindo histórias na tenda das mil fábulas






Aluna Maria Sophia entrevistando contadora de histórias da tenda mil fábulas.
Aluna Thaynara Cardoso filmando.












Literatura de Cordel na Bienal


Aluno Daniel Pazine entrevistando o Cordelista na Bienal
Aluna Thaynara Cardoso filmando



Literatura de Cordel é uma das manifestações mais ricas da cultura brasileira, sendo bastante popular nas regiões norte e nordeste do país, especialmente nos estados do Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Ceará.

Quais as origens da Literatura de Cordel?

Esse tipo de literatura tal como a conhecemos no Brasil tem suas origens no continente Europeu, sendo introduzida em Portugal por volta do século XVIII. Em países como Espanha, França e Itália, essa literatura começava a se desenvolver no decorrer do século XII, ganhando maior notoriedade durante o período do Renascimento.



Quais as principais características da Literatura de Cordel?

  • Busca informar os leitores utilizando recursos divertidos e forte oralidade;
  • Trata-se de uma tradição literária de cunho regional, ao contrário da literatura convencional (impressa nos livros);
  • De forma geral, essa literatura é apresentada em formato de pequenos livros com capa de xilografia, que ficam pendurados em cordas ou barbantes. Por isso, esse tipo de literatura recebeu esse nome;
  • Consiste em um tipo de gênero literário elaborado em versos com linguagem popular, retratando temas do cotidiano;
  • Nessa literatura, geralmente os próprios autores realizam a divulgação de suas obras.
No que se refere ao conteúdo e linguagem, esse tipo de literatura tem como características:
  • Uso do humor, sarcasmo e ironia;
  • Linguagem informal (coloquial);
  • Intensa presença de oralidade, rimas e métrica;
  • Abordagem de diversos temas: políticos, religiosos, folclóricos, históricos, sociais etc.
Com o objetivo de resgatar e manter a memória e importância cultural do Cordel, em setembro de 1988 foi criada a ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que possui mais de 7 mil documentos contendo livros, folhetos de cordel e pesquisas sobre os mais diversos aspectos desse tipo de literatura, oferecendo amplo apoio aos autores.


Escritores famosos influenciados pela Literatura em Cordel

Grandes escritores brasileiros foram amplamente influenciados por esse tipo de literatura, sendo seus traços notados em suas principais obras. Esses escritores são:
  • Guimarães Rosa;
  • Ariano Suassuna;
  • João Cabral de Melo Neto;
  • José Lins do Rego.

Escritores que mais se destacam na Literatura de Cordel

Os cordelistas com obras mais significativas e que se destacam no Brasil, sendo considerados os “mestres do cordel”, são:
  • João Martins de Athayde;
  • Firmino Teixeira do Amaral;
  • Cego Aderaldo;
  • Apolônio Alves dos Santos;
  • Cuica de Santo Amaro;
  • Guaipuan Vieira;
  • João Ferreira de Lima;
  • Leandro Gomes de Barros;
  • João de Cristo Rei;
  • Manoel Monteiro;
  • Homero do Rego Barros;
  • Gonçalo Ferreira da Silva;
  • Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré);
  • José Alves Sobrinho;
  • Téo Azevedo.

11 principais obras da Literatura de Cordel

1 – Cordel (Patativa de Assaré);
2 – Sertão alumiado pelo fogo do cordel encantado (Ana Paula Campos Lima);
3 – Histórias e lendas do Brasil – contos nordestinos (Tia Regina);
4 – Antologia da literatura de cordel (Sebastião Nunes Batista);
5 – A pedra do meio-dia ou Arthur e Isadora (Bráulio Tavares);
6 – O príncipe e a fada (Manoel Pereira Sobrinho);
7 – O flautista misterioso e os ratos de hamelin (Bráulio Tavares);
8 – Canudos na literatura de cordel (José Calasans);
9 – Lampião, o capitão do cangaço (Gonçalo Ferreira da Silva);
10 – Pavão misterioso (José Camelo de Melo Resende);
11 – O cachorro dos mortos (Leandro Gomes de Barros).


Ave-Maria da Eleição (Leandro Gomes de Barros)
No dia da eleição
O povo todo corria
Gritava a opposição
Ave Maria.
Via-se grupos de gente
Vendendo votos nas praças
E a arna dos governos, [a urna do governo]
Cheia de graça.
Uns a outros perguntavam
O Sr. Vota comnosco
Um chaleira respondia
Este é com vosco.
Eu via duas panellas
Com miudo de 10 bois
Comprimentei-a dizendo
Bemdita sois.
Os eleitores com medo
Das espadas dos alferes
Chegavam a se esconderem
Entre as mulheres.
Os candidatos chegavam
Com um ameaço bruto
Pois um voto para elles
E’ bemditos fructos.
O mesario do governo
Pegava a urna contente
E dizia eu me gloreio
Do teu ventre.
A opposição gritava
De nós não ganha ninguem
Respondia os do governo
Amen.

Cordel de Bráulio Bessa
Sendo eu, um aprendiz
A vida já me ensinou que besta
É quem vive triste
Lembrando o que faltou

Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz
Por tudo que conquistou
Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso
Nem toda curva da vida
Tem uma placa de aviso
E nem sempre o que você perde
É de fato um prejuízo

O meu ou o seu caminho
Não são muito diferentes
Tem espinho, pedra, buraco
Pra mode atrasar a gente

Mas não desanime por nada
Pois até uma topada
Empurra você pra frente

Tantas vezes parece que é o fim
Mas no fundo, é só um recomeço
Afinal, pra poder se levantar
É preciso sofrer algum torpeço

É a vida insistindo em nos cobrar
Uma conta difícil de pagar
Quase sempre, por ter um alto preço

Acredite no poder da palavra desistir
Tire o D, coloque o R
Que você tem Resistir

Uma pequena mudança
Às vezes traz esperança
E faz a gente seguir

Continue sendo forte
Tenha fé no Criador
Fé também em você mesmo
Não tenha medo da dor
 Siga em frente a caminhada
E saiba que a cruz mais pesada
O filho de Deus carregou.


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  1. Xilogravura é a arte e técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira.
  2. Estampa obtida através dessa técnica.



Trabalho de xilogravura em literatura de cordel.





Aluno Daniel Pazine entrevistando o público da Bienal.

A crônica é um gênero textual curto, elaborado em linguagem informal a partir de fatos do cotidiano. Costuma ser veiculada em jornais ou revistas.

Tenda das crônicas na Bienal


Em breve novas fotos e vídeos

Editado e postado por: Professora de Informática Educativa :Ivani Sandra
Projeto Mais Educação e Imprensa jovem juntamente com a equipe do professor João Projeto Cinema na escola.

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